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Sobre a linguagem

28/2/2019

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Talvez, o que mais diferencia os seres humanos de outros animais, seja nossa habilidade com a linguagem.

Sendo a linguagem uma ferramenta de comunicação do ser humano para interagir com o meio e consigo próprio através de símbolos verbais e acústicos, a sua aquisição é essencial no sentido em que o ser humano é constituído nas relações. Mas não é só isso. Ela pode apoiar ou bloquear a nossa comunicação. Podemos abrir janelas ou construir muros a partir de nossa comunicação.

A linguagem não é apenas descritiva, mas sobretudo generativa e nem um pouco inocente. Se chamo um colega de trabalho que muitas vezes deixa cair objetos da sua mesa, de desastrado, que colega estou gerando? Será que poderei contar com ele, quando precisar? Se por meio de meu interesse por saber de sua dificuldade, fico sabendo que esse colega tem um problema neurológico que afeta sua coordenação motora, talvez eu passe a perceber seu esforço no trabalho. E agora, que colega eu gerei?

Segundo o psicólogo americano Marshall Rosemberg, criador da Comunicação Não-Violenta (CNV), nossas dificuldades em estabelecermos boas trocas na comunicação e relações que nos conectam enquanto seres humanos, tanto conosco como com os outros, têm raízes em uma linguagem crítica e cheia de julgamentos que absorvemos ao longo de décadas. Ao nos expressamos a partir da crítica, a reação imediata é a defesa ou o contra-ataque, portanto, o fechamento para o diálogo e o afastamento uns dos outros.

Colocar em prática a CNV nos permite reestruturar nossa maneira de perceber, compreender e nos conectar com nós mesmos e com os outros, seja na vida pessoal ou profissional.

Por Lucia Nabão
Psicóloga, Mediadora de Conflitos e Facilitadora de Processos em Comunicação Não-Violenta
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Os 3 níveis em que a CNV opera

28/2/2019

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Um dos ensinamentos da CNV é ela opera em 3 áreas e elas são interdependentes. Falamos delas separadamente, mas na verdade estão juntas na nossa experiência de vida.

Primeiramente, estou me referindo ao que é intrapessoal, aquela relação que eu tenho comigo mesmo. Como será que me comunico comigo? Sou muito julgadora e crítica? Sou gentil e busco compreender-me? Será que me conecto com meus sentimentos e com o que é importante para mim? Sei quais são meus valores e necessidades?

Depois ou num outro nível, vem nossa interação com o outro, o interpessoal. Como é meu padrão de relacionamento? Costumo ir para o diálogo ou para a discussão? Olho para as necessidades que estão por trás do que outro me diz ou faz? Ou tomo tudo no pessoal e fico reativo? Eu e o outro produzimos conexão ou desconexão?

Por último há o sistêmico, será que temos consciência de que o que o outro fala ou faz me afeta e vice-versa?  Ou somo cegos sistêmicos? Ou ainda, tenho ciência de que minha disponibilidade gentil e compassiva pode alterar de alguma maneira o sistema em que vivo?

Essas reflexões, talvez, acrescentem algo em nossa bagagem para ressignificarmos a maneira de estarmos em nossos relacionamentos e produzam um tipo de satisfação em nossa existência.

Por Lucia Nabão
Psicóloga, Mediadora de Conflitos e Facilitadora em Processos de Comunicação Não-Violenta
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Lidando com os sentimentos

28/2/2019

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Marshall Rosemberg ao criar a CNV trouxe um conceito interessante sobre os sentimentos. Disse que o outro ou os eventos da vida, podem ser um estímulo, mas a responsabilidade é de cada pessoa de como vai significar aquele estímulo e de como vai sentir. Isso conversa com um provérbio Zen que diz:

“A inveja, a raiva e os insultos, quando não aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. ”

Ao trabalharmos com os sentimentos na CNV, muitas vezes, passamos do que chamamos de escravidão emocional, caracterizada pelos sentimentos de culpa, onipotência, vergonha ou um alto nível de exigência, para a libertação emocional. Para fazermos essa transição que, sem dúvida é processual, aprendemos a escolher e nos responsabilizar pelo que fazemos com aquilo que nos acontece.

Que tal pensarmos que podemos ser livres para sentir? Que não estamos fadados a repetir padrões de sentimentos nossos ou culturais e que temos liberdade de fazermos algo diferente com aquilo que nos acontece a cada evento?

Quando penso na palavra responsabilidade, sou imediatamente remetida à palavra liberdade ou autonomia. Penso que a responsabilidade é o preço que pagamos para obtermos a liberdade. Talvez esse seja o processo que fazemos para nos tornar adultos e ganhar autonomia.

A maioria de nós cresceu acreditando que ficamos zangados ou raivosos, por exemplo, por causa do que nos fazem. A raiva sem dúvida é um sentimento vital, necessário e útil. Às vezes somos salvos por ela, pois a raiva nos protege de injustiças e indignidades. E, às vezes, ela nos coloca destrutivos e reativos, desejando vingança. Talvez a confusão que fazemos com nossos sentimentos, quando não os validamos ou quando os atuamos, esteja relacionada com a desconexão destes com nossas necessidades. Cada sentimento aponta para algumas necessidades humanas. Ao criarmos essa conexão, tudo pode ficar mais claro para cada um de nós.

Para ilustrar, podemos pensar num evento em que uma pessoa que está muito cansada, insegura, solitária e excluída de sua comunidade, ataque violentamente e com muita raiva uma segunda pessoa. Se esta segunda pessoa consegue enxergar as necessidades não atendidas da primeira, talvez ela possa calmamente oferecer empatia e não enganchar e tomar para si a tentativa de ataque emocional que veio forte sobre ela.

Tem uma fala de Marshall Rosemberg que pode apoiar nossa reflexão:

“Se você quer ser miserável, ouça a raiva de outra pessoa. Se você quer ficar deprimido, acredite nela. “

Com essa forma de significar as relações, podemos sair da responsabilização e da culpa pelo que o outro nos faz sentir e também pelo que produzimos no outro. Seria sair do “responsável” e passear pelo “responsivo”. Ao invés de agirmos e reagirmos a partir da habitual consciência de julgamento do outro, passamos a agir a partir de uma consciência dos nossos sentimentos e necessidades em relação aos sentimentos e necessidades da outra pessoa. E assim, podemos transformar os momentos de desconexão em oportunidades de estarmos conectados com o outro e abrimos espaço para relações mais empáticas, autênticas e compassivas.

​Por Lucia Nabão
Psicóloga, Mediadora de Conflitos e Facilitadora de Processos em Comunicação Não-Violenta
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Vulnerabilidade

21/2/2019

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A escolha deste tema foi inspirada no livro “A Coragem de Ser Imperfeito”, deBrené Brown que é pesquisadora na Universidade de Houston.

Em um dos capítulos do livro ela aborda a questão dos mitos sobre vulnerabilidade, sendo um deles o de que ‘Vulnerabilidade é fraqueza”.

Ela diz que frequentemente associamos a vulnerabilidade a emoções como vergonha, tristeza, medo, sofrimento, decepção, e por esta razão nós a rejeitamos, pois esses sentimentos são difíceis de lidar e podem ser interpretados como fraquezas.

Entretanto, a vulnerabilidade não é sinônimo de fraqueza, uma vez que quando demonstramos nossos sentimentos necessitamos de coragem para poder externar nossas emoções e sentimentos. Ao demonstrá-los ficamos vulneráveis, mas em compensação somos contemplados com o que nos dá sentido à vida, pois é aí que nascem também sentimentos como coragem, autenticidade, confiança, empatia, alegria, amor, entre outros.

Outro aspecto interessante, é que nós gostamos de ver a vulnerabilidade nos outros, porém receamos que vejam a nossa, talvez por insegurança de que a nossa verdade não seja suficientemente convincente e que possamos ser vistos como fracos. Assim, de acordo com Brené Brown o cerne da questão é que a vulnerabilidade no outro nos atrai, por ser interpretada como coragem, e em nós, consideramos como fraqueza.

O impulso para nos expormos é transformador, porque ficamos mais corajosos a cada vez que permitimos nos abrir e demonstrar nossos sentimentos e quem realmente somos.

Para que você possa se aprofundar neste tema, compartilhamos o link do Ted Talk:  Brene Brown – O poder de vulnerabilidade
https://youtu.be/yPY7uF5Yle8

Por Rosane Schikmann – Coach e Mediadora de Conflitos
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Empatia

21/2/2019

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Para falar de Empatia nos remetemos ao livro O Poder da Empatia, de Roman Krznaric, filósofo e historiador da cultura, que nos brinda com relatos de variadas experiências de empatia nas mais diversas áreas de atuação. Desse seu livro, escolhemos um trecho, cujo resumo apresentamos a seguir, para ilustrar sua visão sobre Empatia. Desfrutem!!!!!

………“Empatia é a arte de se colocar no lugar do outro por meio da imaginação, compreendendo seus sentimentos e perspectivas e usando essa compreensão para guiar as próprias ações”.

Roman Krznaric distingui empatia de compaixão ou piedade, uma vez que estas últimas não envolvem a tentativa de compreender as emoções ou o ponto de vista da outra pessoa. Ele também comenta a reflexão de George Bernard Shaw na frase “Não faça aos outros o que gostaria que eles lhe fizessem – eles podem ter gostos diferentes dos nossos.”

Ele relata a história de uma designer de produtos, Patricia Moore, considerada pioneira pelos ativistas empáticos. Em 1979 ela trabalhava numa importante empresa do setor de design, e durante uma reunião para criação de um novo modelo de geladeira, ela perguntou se a porta da geladeira poderia ser projetada de modo que uma pessoa com artrite pudesse abri-la facilmente. Recebeu como resposta que os projetos que faziam não contemplavam pessoas com esse problema. Inconformada, ela decidiu experimentar na prática as dificuldades de pessoas idosas, artríticas e/ou com outros problemas físicos, descobrindo assim como seria sua realidade. Para isso criou seu personagem – uma pessoa de 85 anos.

Ao ser entrevistada por Krznaric, ela comentou “Eu não queria ser apenas uma atriz fingindo ser uma pessoa idosa”, “queria uma verdadeira imersão da personagem…, através da qual eu pudesse realmente me por na pele de outra pessoa.”

Ela criou então sua personagem aplicando látex em seu rosto para parecer enrugada, usou óculos velados que borravam a visão, tapou os ouvidos com tampões para ter dificuldade de ouvir, prendeu talas nos braços e pernas para impedir a flexão, usava uma bengala, e entre 1979 e 1982 partiu para visitar mais de cem cidades da América do Norte usando essa ‘fantasia’.

Caminhou pelas ruas, subindo e descendo escadas íngremes, viajando em ônibus lotados, empurrando portas pesadas, atravessando as ruas, usando utensílios de cozinha, abrindo portas de geladeiras, entre outros. Suas experiências transformaram o design internacional. Ela projetou produtos que poderiam facilitar a vida das pessoas idosas e é considerada a fundadora do design “inclusivo”, isto é, o que projeta produtos para pessoas com deficiências, idosas ou não. Patricia Moore se transformou numa especialista na área de gerontologia e milita pelos direitos dos idosos. Ficou famosa pelo seu “modelo empático”, seguida por muitos designers, principalmente pela importância de tentar olhar através dos olhos das pessoas que usarão os produtos criados.

Moore comenta que “O design universal é movido pela empatia”, “uma compreensão de que o tamanho único não serve para todos – e foi em torno disso que toda a minha carreira girou”.

Segundo Krznaric, “seu experimento de viagem no tempo através de gerações é uma referência para ‘empatistas’ do futuro. O esforço para olhar através dos olhos do outro pode ser pessoalmente desafiador – e por vezes extremamente divertido –, mas tem também extraordinário potencial como uma forma para a mudança social”.

​Por Rosane Schikmann – Coach e Mediadora de Conflitos
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Empatia e auto-empatia: fracasso ou inauguração?

18/2/2019

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Entendo empatia como a habilidade de compreender o significado da experiência que uma outra pessoa está vivenciando e legitimar essa experiência. E, compreendo auto empatia como a validação dos próprios sentimentos vivenciados nas diversas situações da vida.

Quando a validação da dor ou de qualquer sentimento legítimo não se dá, seja por qual razão for, há um fracasso da empatia.

Cada pessoa vive seus sentimentos de forma singular, mas todos nós temos necessidade de atribuirmos sentido e significado ao que vivenciamos internamente. Essa construção de significado, muitas vezes, ocorre nas trocas relacionais, em que o outro legitima nossos sentimentos e nos faz companhia em nossa experiência subjetiva.

Estudiosos da empatia nas perdas humanas, os americanos e doutores em Psicologia Robert Neimeyer e John R. Jordan apontam para quatro dimensões do que nomearam como fracasso da empatia.

Da própria pessoa para si mesma, onde ela não demonstra capacidade para simbolizar, discriminar e validar seus próprios sentimentos.

Da pessoa com a família, em que o indivíduo que está sofrendo sente-se julgado e condenado por suas reações e expressões de dor. A família, de alguma maneira, além de não oferecer apoio, desautoriza sua dor.

Do indivíduo com a comunidade estendida. O estilo de vida na sociedade contemporânea não reconhece as dores da alma em vários contextos. Podemos pensar no fracasso da empatia na banalização dos sentimentos da criança que perde seu animal de estimação, do provedor que perde seu emprego ou a prometida promoção e do adolescente que perde seu grande amor. Esses lutos são, geralmente, minimizados ou negados pelas pessoas do convívio, causando confusão e solidão para aqueles que estão sofrendo.

E do indivíduo com a dimensão espiritual. A pessoa que está vivenciando uma dor profunda, busca ajustes para lidar com ela nas dimensões psicológica e espiritual. Ela pode se revoltar e questionar sua fé ou seu sistema de apoio psicológico. Quando esse processo não pode ser normalizado, o fracasso da empatia é instaurado.

Vemos assim que, o desenvolvimento e o aprimoramento tanto de nossa capacidade auto empática quanto de favorecer a empatia nas nossas relações interpessoais, passa por transcendermos os julgamentos que levam à condenação de nós mesmos e do outro e nos (re)humanizarmos.

A constatação de que todos nós vivemos dificuldades e perdas em nossas vidas e o cultivo de uma relação mais gentil e acolhedora conosco e com os outros pode inaugurar uma era empática no mundo e em nossas relações.

Brené Brown, pesquisadora americana da culpa e da vergonha na Universidade de Houston, encontrou em seus estudos que a culpa é um sentimento relacionado ao senso de que fizemos algo errado (mesmo quando não era possível fazer de outro modo), mas que mais sério ainda, a vergonha é um sentimento indicador de que a pessoa se sente um equívoco, um erro humano.
Ao analisarmos o ser humano a partir desses sentimentos, culpa e vergonha, somos remetidos ao alto nível de auto exigência e um baixíssimo senso de dignidade humana.  Nesse contexto, nossa capacidade auto empática fica seriamente comprometida.

Por outro lado, se nos percebermos como seres humanos complexos, com uma gama enorme de sentimentos e de necessidades concorrendo em nós o tempo todo, talvez possamos ver benefício em integrarmos nossas fragilidades e vulnerabilidades. Com isso, aprenderemos a tratar-nos auto empaticamente e aos outros com uma presença humana genuína e compreensiva de suas experiências subjetivas.

​Por Lucia Maria Nabão
Psicóloga, Mediadora de Conflitos e Facilitadora de Processos em Comunicação Não-Violenta
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